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quinta-feira, 14 de junho de 2012

QUESTÕES COMENTADAS 1° E.Q. UERJ – VESTIBULAR 2012

Professora: Laryssa Naumann

01) (b) O enunciado menciona a linguagem do cinema e o relaciona com a ideia de movimento e a câmera. É interessante notar que, no cinema, a câmera direciona a visão do leitor / espectador. No caso da história em quadrinho, a “câmera” se aproxima da personagem feminina, sugerindo um efeito de “zoom” (que é típico da linguagem do cinema). Isso é feito para mostrar o “memorex” (remédio para memória) e construir todo o sentido do texto (já que o personagem masculino, o senhor, sofre tanto de perda de memória que se esqueceu da cadeira na hora de sentar).

02) (c) O efeito de surpresa (e também a construção do humor) nasce de uma quebra da expectativa. No caso da tira, as imagens acompanham atividades cotidianas realizadas pela personagem. Dessa forma, nossa expectativa é que essa realidade se mantenha, ou seja, esperamos uma sequência de ações banais, corriqueiras, comuns. Mas aí, aparece algo completamente inesperado e inusitado: a imagem do senhor “sentado no ar”. O ponto aqui, portanto, é o forte contraste entre a banalidade das primeiras três tiras e o inusitado da última.

03) (d) A questão menciona duas oposições no enunciado, mas a oposição relevante é aquele entre “outro mundo” (mundo espiritual ou sobrenatural, do além, dos mortos) e “este mundo” (mundo material, da Terra, dos vivos). Nesse caso, a expressão que se refere ao “outro mundo” é “histórias de assombrações”.

04) (a) O enunciado informa que o texto trabalha com duas comparações. A primeira delas, o próprio enunciado diz qual é: trata-se da comparação entre diferentes de papéis sociais, a saber, patroas e criadas. Ao compará-las, o texto mostra que apenas as primeiras podiam se dar ao luxo de ter enxaquecas, ao passo que as segundas não tinham esse “direito”. No entanto, a sentença diz respeito a uma outra oposição – aquela que aparece na alternativa A. Note que, nessa alternativa, opõe-se o comportamento dos meninos de ontem (ficavam “na sua”, quietos, não davam opinião) ao comportamento dos meninos de hoje (infere-se que têm voz ativa, dão opinião).

05) (b) Após afirmar que nunca tivera contato com o “outro mundo”, que se refere tanto ao fictício quanto ao sobrenatural, o narrador corrige, brevemente, esse pensamento. Diz, então, que, por meio das leituras de “O tico-tico” (que foi a primeira revista de história em quadrinhos do Brasil) e de Camões, foi capaz de “interagir com universos diferentes”. Podemos entender “ressalva” como uma espécie de exceção (Exemplo: “Todos irão passar no vestibular, a não ser que alguém falte à prova”). No caso do texto, a incomunicabilidade do personagem tanto com este quanto com o outro mundo tinha a sua exceção: O tico-tico e a poesia de Camões, que permitiam ao narrador “viajar”.

06) (a) No texto, como indica o enunciado, podemos associar às senhoras as seguintes palavras: “chá”, “elegância”, “laçarote”, “privativa” e “espichado” (adjetivo que se refere ao dedo mindinho das senhoras). Já às criadas, somente “fantasmas” (sabemos disso pelas histórias de assombração que elas contavam ao menino). Por outro lado, as palavras “verdadeira” e “encanados” referem-se à “poesia” e aos “ventos”, respectivamente. Desta forma, a única opção em que aparece o contraste entre senhoras e criadas é a “letra a”, que apresenta o par chá e fantasmas. Em resumo, a divisão entre classes sociais, relatada pelo contraste entre as senhoras e as criadas, é expressa pelos termos “chá”, que representa a sofisticação daquelas, e “fantasmas”, que representa as histórias contadas por estas.

07) (d) Nós sabemos que qualquer ser humano está sujeito a enxaquecas – trata-se de um problema independe da classe social do paciente. Portanto, a afirmação de que “Ter exaqueca não era para todas” não faz sentido se for tomada literalmente, ou seja, ao pé da letra. Como devemos entendê-la, então? Da seguinte forma: embora as criadas pudessem ter exaqueca, não podiam deixar de cumprir com suas tarefas, diferentemente das senhoras, que podiam se dar ao luxo de alegar enxaqueca sempre que não quisessem cumprir com algum compromisso. Dessa forma, podemos perceber o tom irônico com o qual o narrador marca a distinção entre as classes sociais (e sutilmente critica as senhoras da alta sociedade).

08) (d) O uso da expressão “impressão de realidade”, quando o narrador fala sobre como suas lembranças “conjugam-se” e “complementam-se”, deixa clara a consciência que o narrador tem sobre o caráter parcialmente ficcional de suas memórias. Afinal de contas, impressão de realidade não é a realidade em si, mas apenas a forma como um determinado indivíduo percebe ou se recorda dos fatos. Isso abre espaço, portanto, para que parte dos eventos narrados sejam inventados (ou pelo menos exagerados...), ou seja, ficcionais.

09) (a) Questão sobre modificadores, especificamente sobre advérbios. Nesse caso, precisamos encontrar a opção em que o advérbio esteja relativizando o sentido da palavra a que ele se refere. Relativizar alguma coisa é tratá-la como não absoluta, como não categórica. Relativo é aquilo que é incerto, que pode ser mais de uma coisa, ou seja, o oposto de absoluto. Dessa forma, as opções B e C já devem ser excluídas, pois os advérbios “absolutamente” e “certamente” são contrastantes ao que é relativo. O advérbio “pacientemente”, da opção D, não expressa nada além do modo como foi realizada a ação de desenterrar. Portanto, resta-nos a opção A, em que o advérbio
“presumivelmente”, derivado do verbo presumir (que significa achar, supor, julgar a partir de certas probabilidades), expressa a incerteza sobre a veracidade da história contada.
Em relação à opção B, é interessante destacarmos que o advérbio “certamente” funciona como um advérbio de frase e, portanto, emite uma opinião sobre o enunciado como um todo.

10) (c) “Linguagem figurada” está ligada a “sentido conotativo” (criativo) e em geral se opõe a “sentido denotativo” (dicionário), que se refere ao sentido literal dos termos. Então, se digo que “Margarida é uma flor” e faço uma leitura denotativa entendo que margarida é uma planta. Já se opto por uma leitura conotativa, penso que Margarida é uma mulher encantadora ou meiga. Pensando nisso, percebemos que a única opção em que há linguagem figurada é a “letra c”, já que, literalmente falando, não faz sentido nenhum dizer que tristezas (que são um sentimento – algo abstrato, portanto) se aquecem. Essa frase, portanto, não pode ser interpretada literalmente – ou seja, não pode ser interpretada denotativamente, mas apenas conotativamente (em sentido figurado).

11) (a) O trecho sublinhado estabelece uma relação de explicação / causa em relação ao trecho anterior. Vejamos: 1° evento: “fui obrigado a atirá-lo na água”; 2° evento: “não resguardei os apontamentos”. Desta forma, podemos perceber que jogar os apontamentos na água é o motivo para ele não os ter mais. Assim, é fácil concluir que o conectivo adequado é o “porque”.

A “letra b” e a “letra c” apresentam valor de oposição, e a “letra d”, de conclusão/consequência. É nesta última que reside o perigo, mas não para a gente! Por que já sabemos que causa e consequência caminham juntas, mas que temos que ver qual dos eventos o conectivo está introduzindo. Nesse caso, o conectivo introduziria o primeiro evento, então, não podemos ter dúvida: trata-se de causa/explicação.

12) (c) Diante das incertezas sobre a história que irá narrar, principalmente em relação aos efeitos sobre aqueles que serão citados e sobre a fidelidade da narrativa aos fatos, o narrador passa a fazer questionamentos sobre seu ato, expressos pelas várias perguntas presentes no trecho. Cabe destacar, também, que esse procedimento, de utilizar o texto para falar dele próprio, é chamado de metalinguagem.

13) (d) Julgar é um ato subjetivo, que não necessariamente condiz com a realidade objetiva. O verbo “julgar” pode ser considerado, nesse contexto, sinônimo de “acreditar”, “achar”.  Assim, o narrador relativiza o seu próprio ponto de vista, sabendo que ele, de forma alguma, não pode dar conta da totalidade dos acontecimentos. Em outras palavras, fica demonstrada sua dificuldade e até impossibilidade de reproduzir fielmente a realidade em um relato.

14) (a) Verossimilhança, como o próprio enunciado conceitua, é a semelhança com o real. Desta forma, a ficção torna-se convincente se “parecer contar uma história real”. Para resolver essa questão, era só ler com atenção o enunciado.

Apesar de simples, a questão é útil para falarmos de “verossimilhança interna”. Traduzindo: algumas ações, imagens apresentadas em um texto fantástico ou de ficção científica, por exemplo, são aceitas por nós, leitores, não por elas terem semelhança com o real, mas porque o autor criou um “estado de coisas” interno na obra que nos permite aceitar essas “mentirinhas”. Então, não questionamos o fato de o Super-homem voar e a sua história não perde valor, por nesse aspecto não respeitar a verossimilhança, já que existe uma premissa interna que justifica isso: ele é um extraterrestre.

15) (c)  O adjetivo “Leviandade” refere-se a todo o período anterior. Habitualmente, escreveríamos: Afirmar isso seria leviandade. Mas, por questões estilísticas, o autor opta por suprimir esses termos já que são facilmente subentendidos.

OBSERVAÇÕES FINAIS – RESUMÃO – 1° EQ UERJ Vestibular 2013.


1) Tipos de raciocínio
a) Indutivo: parte-se do particular e chega-se ao geral.
Ex: Teste de medicamento é feito a partir de um grupo de pessoas. A partir do que é observado nesse grupo generaliza-se para o resto da humanidade.
b) Dedutivo: parte-se do geral e chega-se ao particular.
Ex: É sabido que todos os seres humanos precisam de água para sobreviver, assim, podemos concluir que um ser humano qualquer morrerá caso fique sem água.
c) Silogismo: é o raciocínio constituído de duas premissas (uma geral e uma específica) e uma conclusão. Pode ser verdadeiro ou falso (quando é falso, chamamos de sofisma ou falácia).
Ex: Verdadeiro: Todo felino tem quatro patas. Billy é um felino. Logo, Billy tem quatro patas.
       Sofisma: Deus é amor. O amor é cego. Logo, Deus é cego.

2) Figuras de linguagem mais cobradas no exame de qualificação da UERJ
1) Metáfora: analogia ou comparação implícita (associação mental)
Ex: “Sua boca é um cadeado. E meu corpo é uma fogueira” – Chico Buarque de Holanda
2) Comparação: identificada por uma conjunção (“como”, “assim como”, “feito”)
Ex: “A felicidade é como a gota de orvalho” – Vinícius de Moraes
3) Metonímia: emprego de uma palavra por outra com a qual ela se relaciona
Ex: a parte pelo todo: “O bonde passa cheio de pernas” – Carlos Drummond de Andrade
4) Ironia: caracteriza uma crítica indireta.
Ex: Cada vez que você fala ao mastigar, percebo como é bem educado.

3) Semântica dos verbos
Presente do indicativo
- Ação rotineira: Eu moro aqui e trabalho lá.
- Fato que ocorre no momento da fala: Juninho chuta a bola... gol!
- Fato futuro: Amanhã, conto tudo para você.
- Fato passado: Em 1964, os militares tomam o poder.
- Verdade absoluta: Os elétrons se agrupam para formar os compostos químicos.
Futuro do pretérito
- Fato passado posterior a outro fato passado: No sábado, disse que escreveria no blog na quarta passada.
- Distanciamento (ausência de comprometimento) ou hipótese: Caio Castro estaria apaixonado por Gretchen.
- Fato dependente de uma condição: O mundo seria melhor se não vivêssemos no capitalismo.
- Questionamento: Seria possível terminar o conteúdo até a prova?

4) Semântica dos conectivos
Contraste
Eu cai da escada mas não me machuquei.
Embora tenha caído da escada, não me machuquei.

Conclusão / Consequência
Cai da escada, logo me machuquei feio.
Cai de uma escada tão alta, que me machuquei feio.

Explicação / Causa
Machuquei-me feio, porque cai da escada.
Como cai da escada, me machuquei feio.

Condição
Se eu caísse dessa escada, me machucaria feio.

-- Na apostila ainda podemos conferir os seguintes valores: adição, alternância, finalidade, comparação, conformidade, proporção e tempo.

5) Coesão
Anáfora: retoma termo anterior
Ex: O rapaz disse que irá viajar. Mas ele ainda não comprou a passagem.
Catáfora: antecipa termo.
Ex: Eu sei de tudo: o rapaz não conseguirá o bilhete.

Alguns conceitos importantes
1) Paráfrase: reescrita de um texto (com outras palavras) sem perda semântica (ou seja, sem mudança de sentido).
2) Modalizadores: são vocábulos que emitem uma opinião do autor sobre o conteúdo veiculado; torna o texto parcial.
3) Dilema: argumento pelo qual se coloca uma alternativa entre duas proposições contrárias.
4) Hipertexto: espécie de super texto; um texto maior que contém vários níveis textuais lidos em múltiplas direções.
5) Ambiguidade:  quando o enunciado ou por questões de organização dos termos na frase ou por causa de uma palavra admite mais de uma leitura. Esse recurso é muito utilizado em propagandas.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Resumão da aula 06: Coesão Referencial


Vimos que um texto coeso é aquele cujas partes estão explicitamente conectadas. Perceba a diferença entre os exemplos (1) e (2):

(1) Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. escova, crem dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha.

(2) Primeiro, calçou os chinelos; em seguida, dirigiu-se ao vaso. Ao terminar, deu descarga. Foi até a pia, lavou o rosto e escovou os dentes. Além disso, fez a barba e tomou banho.

A Coesão Referencial é um tipo de coesão no qual uma palavra ou expressão remete para outro elemento do texto, mencionado anteriormente ou posteriormente.

-Anáfora: retoma-se um elemento mencionado anteriormente.

O [João] disse que dormiu bem, mas ele parece cansado. ('Ele' retoma o termo João)

-Catáfora: refere-se a um elemento mencionado posteriormente.

Tudo o que eu quero é isto: [tomar um banho e dormir]. ('Isto' se refere a tomar um banho e dormir)

Para que você não troque as bolas, lembre-se:

[A]náfora - começa com a mesma letra que [A]ntes

[C]átafora - pela ordem alfabética, tem-se C - D de [D]epois

Resumão da aula 05: O Texto Argumentativo (III) - Métodos de Raciocínio

Na terceira aula sobre o texto argumentativo, vimos três Métodos de Raciocínio: (1) a Dedução (método dedutivo); (2) a Indução (método indutivo); e (3) a Dialética (método dialético).

1. Dedução

- Do geral para o particular

Toda eliminação intencional de uma forma de vida é um assassinato (INFORMAÇÃO GERAL). No aborto provocado, elimina-se deliberadamente uma forma de vida (INFORMAÇÃO ESPECíFICA). Logo, o aborto é uma forma de assassinato. Isso é motivo suficiente para não legalizá-lo (CONCLUSÃO ESPECÍFICA).

2. Indução

- Do particular para o geral

No Brasil, realiza-se mais de 1 milhão de abortos clandestinos por ano (INFORMAÇÃO ESPECÍFICA). Na Colômbia, são cerca de 300 mil (INFORMAÇÃO ESPECÍFICA). Esses números provam que as leis antiaborto são nocivas, já que colocam as gestantes em situação de risco (CONCLUSÃO GERAL).

3. Dialética

- Tese + antítese = síntese (conciliação de contrários)

Por ser uma forma de assassinato, o aborto é uma prática abominável (TESE). No entanto, há situações em que ele permite preservar a vida da gestante (ANTÍTESE). Conclui-se, assim, que o aborto deve ser permitido, mas apenas nos casos em que há rsco de vida para a mulher (SÍNTESE).

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Resumão da aula 04: O Texto Argumentativo (II) - Estratégias Argumentativas

Na primeira aula sobre o texto argumentativo, aprendemos a identificar os elementos básicos - TESE e ARGUMENTO - bem como um elemento adicional - a CONTRATESE. Na segunda aula, vimos algumas estratégias argumentativas. Veja:

(i) "A pena de morte é abominável e, em pleno século 21, já deveria ter sido varrida do planeta (TESE). De antropólogos a economistas, muitos estudiosos já afirmaram que ela não ajuda a reduzir a criminalidade (ARGUMENTO)."

(ii) "A pena de morte é abominável e, em pleno século 21, já deveria ter sido varrida do planeta (TESE). O caso do Canadá, que reduziu sua criminalidade depois que a pena capital foi abolida, deixa claro que se trata de um instrumento inútil (ARGUMENTO)."

Como podemos observar, em ambos os textos, a TESE é exatamente a mesma. No entanto, foram utilizadas duas estratégias argumentativas diferentes para a fundamentação da TESE:

1. ARGUMENTO DE AUTORIDADE
Em (i), ao mencionar  a constatação de estudiosos/especialistas, o autor está conferindo credibilidade ao seu argumento.

2. EXEMPLIFICAÇÃO
Em (ii), ao mencionar o caso do Canadá, o autor está fundamentando a sua tese pela exemplificação de um fato.

3. CONTRA-ARGUMENTAÇÃO
Em (iii), o autor refuta um argumento contrário:

(iii) "Muita gente acha que palmadas e beliscões são úteis na educação das crianças (CONTRATESE), mas a verdade é que a violência apenas gera filhos agressivos e traumatizados (CONTRA-ARGUMENTO)."

4. CONCESSÃO
Em (iv), o autor parece concordar com as ideias do opositor, mas as combate em seguida:

(iv) "Embora o aborto seja uma forma de assassinato, legalizá-los ainda é melhor do que submeter as mães a clínicas clandestinas (ARGUMENTO)."

5. REDUÇÃO AO ABSURDO
Em (v), o autor chega a propor, ironicamente, situações absurdas:

(v) "Se bater nas crianças as torna adultos melhores (CONTRATESE), proponho que todos comecemos a espancar e a torturar nossos filhos diariamente (REDUÇÃO AO ABSURDO)."

6. NEGAÇÃO
Em (vi), o autor diz que não vai fazer o que, na verdade, está fazendo:

(vi) "Hoje não falarei contra o aborto (NEGAÇÃO). Em vez disso, falarei a favor da vida - que deve ser preservada sempre, inclusive quando se trata de um embrião ou feto."

NÃO DEIXE DE CONFERIR AS QUESTÕES COMENTADAS!

*Os exemplos e algumas definições foram disponibilizados pelo professor Diogo Pinheiro, coordenador da disciplina de Língua Portuguesa do PVS/CEDERJ.









quinta-feira, 29 de março de 2012

Questões comentadas - Modificadores, Tipos textuais e Texto argumentativo

As questões a seguir foram comentadas pela tutora Carolina, do Polo de Nova Iguaçu.

à Modificadores (P. 94 e 95)

(Uerj / 2004 – 1º Exame de Qualificação)

Infelizmente, devo dizer que sim.

O advérbio infelizmente, na resposta do entrevistado, exprime um ponto de vista ou julgamento a respeito dos fatos relatados. A alternativa cujo elemento sublinhado desempenha essa mesma função é:

(a) “ se sentiu vítima de algum tipo de marginalização (...)?”
(b) “que pertencem ao mesmo partido político etc. e que se apóiam mutuamente.”
(c) “Mas, verdade seja dita, trata-se de uma hostilidade”
(d) “e continua apoiando as reformas que instituí em minha gestão.”

Gabarito comentado: (C)
É comum que determinados elementos linguísticos no texto, independente da classe gramatical, exprimam alguma opinião ou sentimento. No texto ficou claro que a palavra “infelizmente” expressa o sentimento que o autor tem com relação à discriminação dos americanos com os imigrantes, principalmente os latino-americanos. Nas alternativas da questão, o único elemento linguístico que expressa alguma opinião ou sentimento é em “verdade seja dita”, que representa o ponto de vista do enunciador com relação à discriminação, que para ele representa a hostilidade dos que estavam acostumados ao poder e não se conformavam em perdê-lo. As outras alternativas trazem elementos com outras funções, mas que não expressam nenhuma opinião ou sentimento.

(Uerj/2010 – Exame de Qualificação)

Claro, ao abrirmos a possibilidade que vida extraterrestre inteligente exista

No fragmento acima, o vocábulo “claro” projeta uma opinião do autor do texto sobre o que vai ser dito em seguida. Outro exemplo em que a palavra ou expressão sublinhada cumpre função semelhante é:

(A) Desde então, ideias sobre a pluralidade dos mundos têm ocupado
(B) Por mais de 40 anos, cientistas vasculham os céus.
(C) Infelizmente, até agora nada foi encontrado.
(D) Nesse caso, quão diferentes seriam dos deuses

Gabarito comentado: (C)
Modalizadores são palavras ou expressões que projetam um ponto de vista do enunciador acerca do que está sendo enunciado, revelando diferentes intenções comunicativas. Com o uso de "infelizmente", por exemplo, fica clara a expectativa do autor de que fosse encontrado sinal de vida extraterrena, assim como a frustração dessa expectativa, já que afirma em seguida que “até agora nada foi encontrado”. Nas outras alternativas, os elementos linguísticos não trazem um ponto de vista em relação ao que vai ser dito em seguida, como o vocábulo “claro”, que demonstra a opinião do autor sobre o fato de, em caso de existência de seres extraterrestres, eles serem mais inteligentes que nós, e do vocábulo “infelizmente”.

à Tipos textuais (P. 13 e 14)

(Uerj/2009 – Exame de Qualificação)

O texto combina subjetividade e argumentação. Essa combinação é confirmada pela presença de:

(A) relato pessoal e defesa de ponto de vista
(B) referência clássica e citação do passado
(C) ênfase na atualidade e reflexão sobre o tema
(D) afirmação generalizante e comparação de idéias

Gabarito comentado: (A)

A subjetividade do texto se percebe pelo relato pessoal da experiência de leitura do autor, que desde a infância gostava dos super-heróis dos quadrinhos. Seu depoimento reforça a defesa do ponto de vista de que os super-heróis são reflexos do sofrimento da humanidade, como a dor, a exclusão, a sobrevivência e etc.

(Enem / 2010) Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se que o texto tem a finalidade de

(A) descrever e fornecer orientações sobre a síndrome da compulsão alimentícia.
(B) narrar a vida das pessoas que têm o transtorno do comer compulsivo.
(C) aconselhar as pessoas obesas a perder peso com métodos simples.
(D) expor de forma geral o transtorno compulsivo por alimentação.
(E) encaminhar as pessoas para a mudança de hábitos alimentícios.

Gabarito comentado: (D)

Podemos perceber neste texto que o objetivo maior é a transmissão de informações sobre o transtorno de comer compulsivo, não sendo colocada a opinião ou ponto de vista do enunciador. O que temos é uma exposição sobre a doença, por exemplo, como se manifesta e o perfil de pessoas que a têm.


à Textos Argumentativos (P. 25)


(Enem / 2010) Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para

(A) uma denúncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotráfico.
(B) a constatação que o narcotráfico restringe-se aos centros urbanos.
(C) a informação de que as políticas sociais compensatórias eliminarão a atividade criminosa a longo prazo.
(D) o convencimento do leitor de que para haver a superação do problema do narcotráfico é preciso aumentar a ação policial.
(E) uma exposição numérica realizada com o fim de mostrar que o negócio do narcotráfico é vantajoso e sem riscos.

Gabarito comentado: (D)

O texto da Folha de São Paulo aponta para os altos salários no mundo do tráfico, de modo que as políticas sociais compensatórias não são satisfatórias e não adiantam, o que eliminaria a alternativa (C). O ponto de vista do autor, porém, é explicitado no quarto parágrafo, quando afirma que “a única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho”. O autor utiliza os argumentos anteriores para nos convencer de que é preciso aumentar a ação policial e não os programas sociais.

(Enem/2011) A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidos — em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos“, sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille, folheto, “coffee-table book“, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O livro de piadas de Casseta & Planeta.

TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com.

Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que

(A) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia.
(B) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais.
(C) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos.
(D) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam.
(E) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros.

Gabarito comentado: (D)

O texto aponta para o fato de o texto ser imortal, independente de seu suporte. A discussão gira em torno não do surgimento e desaparecimento dos gêneros, mas da capacidade dos textos de permanecerem vivos, independente do suporte. A única alternativa que aponta para esse sentido é a (D).

(Enem/2011) O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo.
NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época. 28 abr. 2008.

O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argumentos que levam a inferir que seu objetivo é

(A) esclarecer que a velhice é inevitável.
(B) contar fatos sobre a arte de envelhecer.
(C) defender a ideia de que a velhice é desagradável.
(D) influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento.
(E) mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento.

Gabarito comentado: (E)

O pequeno texto discorre sobre a visão de Cícero sobre o envelhecimento, de modo que é a visão também do autor do texto. Ao mostrar o paradoxo apresentado por Cícero, de que queremos viver muitos anos e, quando chegamos lá, ficamos lamentando a velhice, o autor nos leva à reflexão sobre a aceitação do envelhecimento. A única alternativa que aponta para este sentido é a (E).

Resumão da aula 03: O Texto Argumentativo

Na aula 03, sobre o Texto Argumentativo, começamos com uma breve revisão acerca de sua FINALIDADE, palavrinha-chave para a identificação de um tipo textual (cf. resumão da aula 02). Já havíamos aprendido que a finalidade de um texto dissertativo argumentativo é basicamente defender um ponto de vista. Seguimos a aula falando dos dois elementos básicos do texto dissertativo argumentativo: a TESE e o ARGUMENTO. Lembrando que a tese é o ponto de vista a ser defendido, e o argumento, a fundamentação/justificativa da tese. Veja se você entendeu!

 
Exemplo

(1) Se o governo autorizar as alterações propostas para o Código Florestal ampliará o desflorestamento e estará assinando a sua própria sentença letal (TESE), já que não haverá aumento de produção (ARGUMENTO 1), os empréstimos rurais não serão pagos (ARGUMENTO 2), não haverá água para a agricultura (ARGUMENTO 3),o clima será afetado (ARGUMENTO 4),o equilíbrio hídrico será prejudicado (ARGUMENTO 5) e o aquecimento global será maior (ARGUMENTO 6), comprometendo os esforços que buscam reverter a acelerada degradação ambiental (ARGUMENTO 7). (Sobre a rformulação do Código Florestal, em http://comentarios.folha.com.br/)


Além da tese e do argumento, é possível encontrar em um texto dissertativo argumentativo outro elemento: a CONTRATESE. Bem, não seria difícil entender o que é a contratese, né?! Pois então...A contratese é qualquer ponto de vista contrário ao da tese. Confira!

Exemplo

(2) Muitos acreditam que as Olimpíadas de 2016 serão benéficas para o Rio de Janeiro (CONTRATESE). Mas isso é uma ilusão: elas serão desastrosas para a cidade (TESE). Afinal, o governo irá gastar rios de dinheiro (ARGUMENTO 1) e, para piorar, o evento não trará melhorias efetivas para a vida do carioca (ARGUMENTO 2).

ATENÇÃO!

Como foi falado em aula, a teoria do texto argumentativo é muito cobrada nas questões da UERJ. Portanto, seguiremos com esse assunto nas próximas duas aulas. Não deixe de conferir as questões comentadas, que já estão postadas no blog!












quarta-feira, 28 de março de 2012

Questões comentadas - O Texto Argumentativo

Questões comentadas retiradas de http://www.revista.vestibular.uerj.br
Questões referentes ao texto "Juventude e Participação", que não está na apostila, mas pode ser encontrado na página da UERJ (provas e gabaritos anteriores - 1º Exame de Qualificação/2009)
(UERJ/2009 – 1º Exame de Qualificação)
A argumentação do autor se pauta pela cautela, combatendo principalmente os discursos que fazem generalizações apressadas.
A frase do texto que melhor comprova essa afirmativa está indicada em:
(A) "Os que avaliam como baixa a participação política da juventude atual não podem afirmar que seja diferente da participação política das outras faixas." (l. 8-11)
(B) "O comportamento juvenil expressa as tendências gerais da sociedade como um todo." (l. 37-38)
(C) "A grande diferença está nos meios de que dispõem os jovens para desenvolver sua consciência crítica ou para manifestar sua postura política." (l. 39-41)
(D) "Atualmente, os jovens têm acesso aos meios de comunicação que permitem ampliar a velocidade e a abrangência da transmissão de idéias, o que oferece facilidades nunca antes disponíveis para a expressão política da juventude." (l. 43-47)

Alternativa correta: (A)
Eixo interdisciplinar: Estudo do Texto
Item do programa: Estrutura da argumentação
Subitem do programa: A opinião e o fato
Objetivo: Discriminar pontos de vista em texto argumentativo.
Comentário da questão:
Um procedimento discursivo comum, nos textos argumentativos, é o de construir a opinião a partir do confronto com opiniões opostas. O texto combate generalizações apressadas acerca do tema da participação política dos jovens;  por isso mesmo, o autor tece seus argumentos com cautela. No trecho entre as linhas 8 e 11, observa-se o diálogo com a seguinte opinião: "a participação política da juventude atual é baixa". O autor combate essa opinião, alegando, com sentido crítico, a necessidade de que seja revista essa avaliação ou esse discurso.
Percentual de acertos: 58,65%                       
Nível de dificuldade: Médio (acima de 30% e igual ou abaixo de 70%)

(UERJ/2009 – 1º Exame de Qualificação)
O início do primeiro parágrafo (l. 1-2) expõe um eixo em que se apoiará a construção do texto.
Esse eixo pode ser definido como:
(A) uma evidência da tese
(B) uma opinião polêmica
(C) um método de raciocínio
(D) um testemunho autorizado

Alternativa correta: (C)
Eixo interdisciplinar: Estudo do Texto
Item do programa: Estrutura da argumentação
Subitem do programa: Método dedutivo
Objetivo: Explicar estrutura argumentativa.
Comentário da questão:
"Toda avaliação é feita a partir de uma comparação" é a hipótese em que o autor se pauta para construir sua argumentação. Ao longo de todo o texto, observa-se o uso desse método de raciocínio - comparar para avaliar - como eixo que sustenta as opiniões defendidas.
Percentual de acertos: 62,32%
Nível de dificuldade: Médio (acima de 30% e igual ou abaixo de 70%)

(UERJ/2009 – 1º Exame de Qualificação)
Os textos que defendem uma opinião possuem diversos mecanismos para garantir sua eficácia ou poder de convencimento.
Pode-se dizer que a estrutura geral do texto contribui para sua eficácia argumentativa porque:
(A) detalha e comenta certos aspectos encontrados em outros textos
(B) analisa e critica a opinião apresentada ao final pelo próprio autor
(C) descreve e exemplifica um fenômeno definido como objeto de análise
(D) pressupõe e desconstrói algumas opiniões cristalizadas na sociedade

Alternativa correta: (D)
Eixo interdisciplinar: Estudo do Texto
Item do programa: Objetivos discursivos
Subitem do programa: Defender opinião
Objetivo: Descrever mecanismo de produção de eficácia argumentativa.
Comentário da questão:
A leitura panorâmica do texto é fundamental para que se compreenda menos o que ele diz e mais como o diz. Dentre vários mecanismos que garantem eficácia argumentativa e poder de convencimento, observa-se neste texto, em particular, que o autor pressupõe alguns preconceitos correntes sobre o tema e os desconstrói, fortalecendo, dessa maneira, a sua opinião. Um exemplo de opinião corrente descartada é a de que a juventude atual é mais alienada do que a de épocas passadas.     
Percentual de acertos: 51,40%
Nível de dificuldade: Médio (acima de 30% e igual ou abaixo de 70%)


Questões referentes ao texto “Herói na contemporaneidade” (p. 30, módulo 01)

(UERJ/2009 – 2º Exame de Qualificação)
A argumentação se estrutura por meio de diferentes mecanismos discursivos.
No quarto parágrafo (linhas 24 a 30), o mecanismo empregado consiste na apresentação de:

(A) opinião apoiada em exemplos
(B) alegação partilhada por muitos
(C) construção caracterizada como dialética
(D) definição baseada em elementos válidos

Alternativa correta: (A)
Eixo interdisciplinar: Estudo do Texto
Item do programa: Estrutura da argumentação
Subitem do programa: A opinião e o fato
Objetivo: Identificar mecanismo discursivo em argumentação.
Comentário da questão:
Para defender uma opinião, não basta explicitá-la ou reiterá-la, é preciso sustentá-la. A opinião explicitada no início do 4º parágrafo - "Toda boa história de super-herói é uma história de exclusão social" - é sustentada a seguir por exemplos de super-heróis excluídos socialmente.

Percentual de acertos: 73,74%
Nível de dificuldade: Fácil (acima de 70%)

(UERJ/2009 – 2º Exame de Qualificação)
A utilização de testemunhos autorizados, como o de Fellini, é uma conhecida estratégia retórica.
O uso dessa estratégia produz, no texto, o efeito de:
(A) oposição entre estilos diversificados
(B) exemplificação de opiniões variadas
(C) delimitação de um contraponto temporal
(D) confirmação dos posicionamentos do autor

Alternativa correta: (D)
Eixo interdisciplinar: Estudo do Texto
Item do programa: Objetivos discursivos
Subitem do programa: Informar ou defender opinião
Objetivo: Explicar uso de recurso argumentativo.
Comentário da questão:
A utilização de testemunhos autorizados tem normalmente o objetivo de reforçar e confirmar as posições do autor. No caso, o testemunho de Fellini, considerando o criador da editora Marvel como o Homero dos quadrinhos, representa um elogio da leitura dos super-heróis destacada positivamente pelo autor.

Percentual de acertos: 71,38%
Nível de dificuldade: Fácil (acima de 70%)

Questão referente ao texto “Herói na contemporaneidade” (p. 36, módulo 01)
(UERJ/2009 – 2º Exame de Qualificação)
O método dedutivo organiza-se a partir de premissas gerais que são confirmadas por premissas particulares para se chegar a uma conclusão.
A frase do texto que evidencia uma premissa geral é:
(A) "Quando eu era criança, passava todo o tempo desenhando super-heróis." (l. 1-2)
(B) "Todo super-herói deve atravessar alguma via crucis." (l. 9)
(C) "São todos símbolos da solidão, da sobrevivência e da abnegação humana." (l. 29-30)
(D) "Não houve nenhuma literatura que tenha me marcado mais do que essas histórias em quadrinhos." (l. 47-48)

Alternativa correta: (B)
Eixo interdisciplinar: Estudo do Texto
Item do programa: Estrutura da argumentação
Subitem do programa: Método dedutivo
Objetivo: Exemplificar elemento de configuração do método dedutivo.
Comentário da questão:
Quando se argumenta do geral para o particular, ou seja, dedutivamente, parte-se de uma premissa geral para a qual se procura estabelecer comprovação ou sustentação em premissas particulares. A premissa geral consiste numa proposição que serve de base a um raciocínio, devendo ser, portanto, o mais globalizante possível, a ponto de se poder reduzi-la à fórmula "todo x é y". No texto, ao enunciar que "Todo super-herói deve atravessar alguma via crucis", o autor expressa uma generalização desse tipo.

Percentual de acertos: 45,90%
Nível de dificuldade: Médio (acima de 30% e igual ou abaixo de 70%)